segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

Cabala sob um aspecto pessoal:


Li algumas coisas referentes a cabala, muitas delas não me esclareceram. Parecem que foram escritas para cabalistas e não para o público em geral. Foi numa simples palestra que tive o entendimento resumido dessa arte embora me falte conhecer os pormenores. O palestrante resumiu numa forma muito interessante.
Primeiramente só havia luz,pois o Ser é luz,tudo era uma espécie imensa de uma tela 3D de luz. Sendo o Ser, pura irradiação, precisava de algo para irradiar esse imenso amor pois sozinho não poderia realizá-lo. Então criou uma espécie de vaso (o Homem) para enchê-lo do Seu benéfico líquido. Até que um momento o vaso quis ser como a Fonte e pensou: "para ser fonte preciso não mais receber" e tomou sua decisão. Como parou de receber se partiu em milhares de pedacinhos.
Isso me lembra o mito da queda de Lúcifer e dos anjos rebeldes e a expulsão de Adão e Eva do Paraíso por comerem o fruto do conhecimento do bem e do mal.Mas cada pedacinho contém uma pequena parte da Verdade que no final se reunirá novamente para formar um todo ( o Vaso).
Paulo de Tasso numa de suas cartas intitulada "Amor" diz que se vê numa forma difusa como num espelho ( partido) e depois verá face a face como é conhecido ( o Espelho remontado). Ele se vê pelos olhos tridimensionais e o mundo pela sua ótica pessoal que,mesmo sendo conhecedor do ensinamento do Cristo,é incompleta.
Chamo de Teoria do Quebra-cabeças;onde cada parte das peças isoladamente são diferentes entre si porém possuem em suas extremidades pontas e buracos que se encaixam umas às outras formando uma bela imagem. A Verdade tão proclamada pelas diferentes filosofias sejam religiosas,místicas e materialistas é um conjunto dessas pequenas peças diferentes e ao mesmo tempo complementares.
Neste plano físico, segundo a Cabala percebemos apenas a consequências (a peça somente) não a causa. Tudo que existe é regido pela Lei de Causa e Efeito. A Cabala conta que todo o universo foi criado por duas letras que traduzem em Contração e Expansão. A Cabala tem muito em comum com o filme Matrix. Analogicamente, tudo que existe dentro de um programa de computador é formado por dois dígitos: 0 e 1, digamos que é a linguagem do computador, o Verbo.
Um sistema binário que forma linhas e colunas originado uma matriz (Matrix). O filme mostra que a vida que a maioria dos seres humanos dizem ser real não passa de uma simulação criada por  computador sofisticado.
A Cabala então ensina que este mundo de matéria densa nada mais é que uma cópia da cópia do Original (uma simulação da realidade ou realidade virtual). Numa das cenas do segundo filme da trilogia Matrix, Neo encontra com o programador da Matrix chamado de Arquiteto (referência à Maçonaria?) diz que antes existiu uma Matrix antes mas os seres humanos a rejeitaram por que era perfeita demais. O agente Smith ao capturar Morpheu e torturá-lo diz que eles tentaram fazer um mundo prefeito dos sonhos para os humanos, mas a mente humana é primitiva demais para aceitá-la. Por isso criaram um programa de acordo com as ideias humanas:dores, doenças,pobreza etc.
O fato é que estamos na Matrix quando escolhemos traçar nosso separado da Criação e com isso nos trouxe dores mas também um aprendizado tremendo que ouso dizer que nenhuma outra espécie humana antes de nós teve. Agora teremos que agir como Neo ultrapassar a Matrix e vencê-la.
   

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Vibração Sonora

Um dos ensinamentos místicos e ocultistas é que tudo é vibração no universo.De sua fonte cósmica até as manifestações mais densas da matérias, as vibrações estão por toda parte e formam escalas que se estendem de inumeráveis oscilações a dezenas de oscilações por segundo.Consideramos aqui uma faixa estreita de vibrações conhecidas dos pontos de vista científico,musical e místico pelo nome de "ondas sonoras".
Do ponto de vista da física,o estudo dos sons ou "acústica",é uma ciência muito antiga. Os homens se interessaram muito cedo pelos sons musicais. No século VI antes da nossa era, Pitágoras descobriu a relação existente entre a altura  de um som emitido por uma corda vibrando e o comprimento dessa corda. Ele chegou assim à noção de escala. Foi apenas em 1686 que Newton explicou o mecanismo de formação e da propagação dos sons e em 1895 que Lord Raleigh elaborou a acústica clássica. A primeira gravação do som deve-se a Thomas Edison e Charles Cros, que inventaram o fonógrafo em 1877. A eletroacústica  depois se desenvolveu de um modo notável com o rádio,o gravador magnético,os sintetizadores etc.
Na origem dos sons percebidos pelo ouvido,encontramos uma fonte ou emissor. Os emissores sonoros são extremamente variados: podem ser cordas vocais,instrumentos musicais,vento,ondas marinhas,motores,alto-falantes etc. Qualquer que seja o emissor sonoro,o fenômeno físico que se encontra na origem do som é a vibração.
     
                                                           A Música  

A palavra "música" vem do latim musica e do grego musikê que significam "artes das Musas". É a arte de combinar sons segundo regras variáveis conforme o lugar e a época,organizando um período com elementos sonoros. A musica convoca a harmonia que é o conjunto de princípios sobre os quais se baseia o emprego dos sons simultâneos ou ainda a teoria dos acordes e simultaneidades. De maneira geral a harmonia de define com as relações existentes entre as diversas partes de um todo que fazem com que essas partes concorram para um mesmo efeito de conjunto. Um acorde é uma associação de vários sons simultâneos que têm relações de frequências modificadas pelas leis humanas.
"A arte das Musas" segundo a etimologia"arte dos sons", segundo os dicionários e "a arte do tempo" para alguns poetas,a música se adapta mal às definições demasiado formais.Desde sempre se revestiu com um caráter misterioso e indefinível.Em todas as sociedades foi objeto de uma sacralização permanente e,desde de suas origens,exerce uma fascinação que em vão buscaríamos em qualquer outra forma de arte. Ela galvanizou exércitos e exaltou revolucionários,mas também contribuiu para acalentar as crianças e acalmar as angústias. Além disso, ecoa no coração de cada indivíduo e serve de apoio a todas as religiões do mundo. De fato, é uma linguagem infinita e universal entre homens, as nações e mui certamente,entre os mundos planetários.
Antes de ir além,relembramos duas leis fundamentais para compreensão do assunto: Lei de Correspondência e a Lei de Ressonância. As leis cósmicas agem tanto no macrocosmo quanto no microcosmo,provando assim o adágio de Hermes: "aquilo que está embaixo é como está em cima" e correspondendo-se mutuamente. A música produz efeito não apenas sobre as emoções mas também sobre o corpo e a mente do ouvinte. De fato, as vibrações sonoras agem sobre a fisiologia humana  e sobre as diferentes fases de sua consciência ,sendo que um mecanismo puramente auditivo é apenas secundário. A musicoterapia,por exemplo, objetiva tratar de certas enfermidades por meio dos sons. Com efeito, as ciências tradicionais há séculos afirmam que existem relações entre várias notas da escala e determinadas partes do corpo humano. É preciso portanto ter consciência do impacto dos ritmos musicais, pois conforme sua natureza eles exercem uma influência negativa ou positiva, não apenas em cada indivíduo,mas também no meio ambiente.
   No plano individual, a linguagem musical se dirige essencialmente ao EU psíquico e anímico daquele que a exprime ou a escuta. Enquanto complexo multidimensional,essa linguagem deve ser utilizada para estabelecer um elo privilegiado entre a razão e emoções.
 O que será harmonia? Um som harmônico é um som musical simples cuja a frequência é um múltiplo inteiro  daquela de um som de referência ou um som fundamental. Sons cuja a frequência é o dobro ou o triplo da frequência fundamental são chamados de "harmônicos de segunda ou terceira ordem". Outras palavras,quanto uma nota é tocada,seus harmônicos ressoam mesmo que não tenhamos consciência disso. Uma nota vibra,portanto, numa dada frequência e origina em outras oitavas uma nota mais elevada:"Aquilo que está embaixo é como o que é em cima ". Aquilo que é tocado num plano está em correspondência com outros planos.
  Assim sendo,exprimir o Amor Universal é a Grande Obra que a música deve aprender a servir. Há séculos que místicos atribuem uma dimensão transcendental ao fenômeno da música. Ela sempre lhes conferiu um poder metafísico. É importante mais que nunca adotar uma concepção ao mesmo tempo tradicional e moderna dessa arte,pois a música é verdadeiramente um instrumento místico,uma Arte Mística que deve assumir seu verdadeiro lugar no seio da Criação. Eis o que diz respeito o maestro Otto Klemperer: "A música é a arte das artes-a arte por excelência. Lá onde as palavras acabam,começa a música. E aonde acaba a música? A música é infinita. Ela é a linguagem da alma. O mundo do materialismo nega a existência da alma,do mundo sobrenatural e da metafísica. O mundo materialista dispõe da força bruta.O mundo da música possui apenas a força interior".
 
   http://youtu.be/NqT_eNxE5WY?list=RDNqT_eNxE5WY


quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O que é esoterismo?

    Desde a Antiguidade grega, faz-se referência a o esoterismo em oposição ao exoterismo. O exoterismo trata das coisas exteriores que podem ser divulgadas como a astronomia, a anatomia ou a moral ao passo que o esoterismo se aplica às coisas do interior,secretas e reservadas  a um pequeno número de pessoas qualificadas. Ao esoterismo, incluem o simbolismo, a aritmosofia e a metafísica.
Assim como no antigo Egito, Grécia, Índia e etc,as Escolas de Mistérios o ensino oral era mais apropriado para transmissão do conhecimento iniciático.
    O exoterismo se liga à teologia, à moral religiosa e aos ritos, ao passo que o esoterismo está associado à Filosofia Perene. O esoterismo está para o exoterismo como o caroço está para a casca. Com uma visão sintética, ele suplanta a dualidade e as aparentes contradições, tornando os opostos complementares. Ele retém aquilo que os unem ao invés das religiões que dividem e penetra dessa forma no coração das coisa. Ele favorece a razão mas também a intuição. Explora os diferentes níveis de significados pela aplicação da inteligência do coração. De forma mais simples,o exoterismo é exclusivo ("ou"), ao passo que o esoterismo é inclusivo ("e")
    Se o exoterismo se preocupa com os saberes humanos, a epistemologia,por sua vez o esoterismo se relaciona com a gnose e se manifesta no conjunto das tradições iniciáticas. Em toda parte encontramos a dualidade exoterismo/esoterismo:
  • Tradição Hebraica: Talmude/Cabala;
  • Tradição Islâmica: "Sharia"(Lei)/"Haqîfa"( interpretação simbólica do sufismo);
  • Tradição Chinesa: Confucionismo/Taoísmo;
  • Tradição Budista: "Hinayana"/"Mahayana".
     Existe dentro da tradição cristã várias ordem esotéricas como a Ordem do Templo,Martinismo. Um esoterismo que integra a essência de várias tradições como a Rosacruz,Maçonaria,Gnose e uma senda que também integra a essência de todas as religiões: a Teosofia.
    Quando mais o caos reina,mais o esoterismo se torna poderoso ( Lei do equilíbrio entre os dois pilares). Estamos no início da Era de Aquários onde vivenciamos o retorno do esoterismo muita das vezes confundido com exoterismo, isso devido a transição planetária que nossa Mãe Terra está passando, gerando um caos necessário.No nível da história do esoterismo, precisamos diferenciar aquilo que é conhecido pelos pesquisadores  e aquilo que é revelado pelos registros akásicos ou a história sacra onde se encontra as raízes secretas das Tradições.
Certamente o caráter discreto e mesmo invisível do esoterismo assim como o pequeno número de adeptos não constituem uma fraqueza. Pelo contrário, o fato de estar oculto permite que ele atravesse  os acasos da história sem ser afetados por ele. Sem sofrer deturpações exageradas como ocorreu nas grandes religiões
    O conjunto das práticas esotéricas constitui o caminho,o método e a disciplina e a vereda do Despertar  e da Realização por isso muitos aconselham a seguir apenas uma senda, à fim de evitar confusão. Embora, isso não impede prudência e discernimento caso opte por mais de uma. A iniciação esotérica convida a interioridade.  
    O esoterismo se preocupa com o Não-Ser (ou Supra-Ser) através da metafísica,com o Ser através da ontologia e com a Existência através da cosmologia. De fato,existe interdependência entre esses três níveis. O Não-Ser é vazio, vacuidade,plenitude,absoluto,infinito,Princípio supremo.
O Ser é Deus, a primeira determinação do Princípio supremo, o mundo dos arquétipos,das ideias,as dez sephiroth, os nomes divinos, o Tao. Por fim, a Existência se refere à Criação, a maifestação cósmica, a substância.Podemos falar do esoterismo da prece que se faz pela repetição e memorização da palavra sagrada,a respiração, a interiorização, a descida no coração e de sentir e contemplar a invisível Presença. Evoca dessa forma a prece do coração.
    Na abordagem esotérica,existe uma diversidade de níveis hermenêuticos que correspondem à mesma quantidade de níveis de evolução ou tomadas de consciência e de modos do ser. De fato a hermenêutica ou ciência da interpretação revela e manifesta o sentido oculto.Daí resulta a necessidade de desenvolver a inteligência do coração para interpretar corretamente e descobrir a essência velada para o  homem mundano. O véu que encobre nossa visão é produto da nossa negligência quando não vivenciamos o aqui e agora.É característica da alquimia tradicional velar o aparente e revelar o oculto. A hermenêutica é a chave que abre as fechaduras que impedem o acesso ao oculto,ao esotérico. Ela implica a presença no momento atual,no presente. Essa é a missão do iniciado! ( Buda ensinou sobre isso e Cristo disse que o Reino de Deus é aqui e agora). Por sua presença ele devolve ao passado um futuro que ele encarna em si mesmo,enquanto responsável pela herança e pela soma de sabedoria recebida daquele mesmo passado. É assim que a Tardição se atualiza e se regenera permanente.
   O esoterismo, em termos de misticismo e de espiritualidade, é a única solução para crise atual,pois ele é universal e se dirige a todas as pessoas naquilo que elas têm de melhor e de mais nobre. Ele mobiliza nosso entusiasmo  e nossa capacidade de maravilhamento. Da mesma forma,convida-nos a cultivar a sabedoria unindo-a ao estudo, o amor e a ação a fim de revelar aquilo que É. Nessa perspectiva, quando o discípulo está  pronto o Mestre Interior vem e esclarece, revelando por sua Luz aquilo que está invisível aos olhos.         


quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Sobre Anjos:

  A maioria das pessoas têm uma ideia preconcebida a respeito dos anjos,à qual é no mais das vezes estabelecida à margem de qualquer estudo aprofundado. Muitos têm até mesmo dificuldades em modificar suas concepções a esse respeito. O mesmo acontece com relação a o conceito de Deus (inclusive para ateus).
   A primeira atitude que o estudante sincero deveria adotar perante esse tema consistiria respeitar a sensibilidade de cada um e introduzir a ideia de anjo em nosso coração: o anjo de nossa compreensão. Em seguida a essa medida - que é ao mesmo tempo tolerante,compreensiva e realista - torna-se possível empreender um verdadeiro estudo a propósito.
A segunda atitude consistiria em pesquisar aos escritos de mestres antigos e buscar compreender o que os autores desses textos quiseram verdadeira mente dizer pelo termo "anjo".
  Alguns nomes de anjos, em diversas línguas, apresenta o sufixo ''EL" que significa "Deus". Ao contrário do homem que possui um nome próprio que lhe faz ser uma criatura relativamente livre, o anjo representa apenas um aspecto da Divindade. Força de Deus,Justiça de Deus, Desejo de Deus...tais podem ser seus nomes. Existe com isso uma verdadeira contradição situada no coração das mensagens dos religiosos: uma vez que o anjo permanece sendo um aspecto ou face da Divindade, como podem existir anjos rebeldes? Na realidade a noção de anjo nasceu no Oriente Médio, nos países que contribuíram para o nascimento da escrita ( Suméria,Caldeia e Egito). Ela substituiu progressivamente o politeísmo.
  O temo "anjo" do grego ''anggelos" significa ''mensageiro". Pressupõe que haja uma mensagem para ser transmitida. Essa ideia se situa na continuidade da filosofia do Verbo. A Divindade fala e seu Verbo pronunciado por mensageiros é o mundo. Observamos, por exemplo, uma árvore. O vegetal pode ser misticamente considerado como uma simples palavra do discurso divino. Aquele que pronuncia a palavra é o mensageiro. Não se trata de uma palavra brotada repentinamente mas antes uma pronúncia que começa na emergência da árvore de sua semente e que prossegue até a morte. Toda a forma no universo é pronunciada desse modo  por um mensageiro e existem miríades de formas. Eis a razão pela qual o anjo foi frequentemente confundido com as forças e leis naturais. O que  adiciona a noção de anjo às noções de forças e leis é o suplemento do Ser,de verbo ou de alma que religa à Divindade. O anjo recobre e salva o elemento do mistério que permite vislumbrar um futuro metafísico das ciências.
   A assembleia de anjos é considerada como uma hierarquia.Esta concepção deriva do fato que é impossível explicar a emergência do mundo com ajuda da unidade pura. O pensamento serve de intermediário. Uma escada graduada se origina na Unidade Primordial. Esta escada desce para multiplicidade,sem que com isso perca sua perfeição intrínseca, pois é sempre o Uno que se exprime por seu intermédio. Existe apenas menos atributos no primeiro degrau da escada do que no segundo.
Assim sendo, quando o místico se volta para aquilo que concebe como Deus este pode receber duas definições:
  1. Ele é o Deus do seu coração, e de sua compreensão;
  2. Ele pode ser o mensageiro ou anjo de sua compreensão.
    Por tanto, a manifestação da Consciência Cósmica no homem pode assumir o nome de Mestre Interior, Cristo Interno, Buda Pessoal e ser o Anjo Guardião.     

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Pantáculo

  São símbolos que possuem um significado de natureza mágica ou esotérica,diferente de pentáculo.
Muitos ocultistas consideram o pentagrama como sendo o único pentáculo existente,embora o pentagrama é um pantáculo.
 Os pantáculos quando gravados em um talismã,dão a este uma suposta capacidade de irradiar as forças do cosmos,atribuindo-lhes um aspecto ativo,diferente do amuleto e do simples talismã.
A palavra pantáculo,de origem grega é composta por pan - que significa "tudo" e kleo, que significa "honra" ou mesmo "renome". Os pantáculos são fontes inesgotáveis de energia e força que encerram incalculáveis poderes dentro de si. Existem diversos tipos de pantáculos criados por numerosos iniciados de vários graus e em diferentes épocas.
 Um exemplo é o pantáculo do Rei Salomão,filho de Davi, chamado de Zelo de Salomão ou Estrela de Davi. Outros são confeccionados contendo quadrados mágicos associados a planetas,à fim de obter os influxos astrais à favor da intenção de seu detentor. Alguns pantáculos seriam mais fortes que outros,razão a qual justificada pela intromissão e evasão psicológica humana sobre os mesmos,mas todos harmonizam-se entre si por terem sua criação uma origem perfeita das divinas capas celestiais onde a Lei Maior da Natureza organiza tudo e todos no tempo e espaço.
  O pantáculo funciona conforme a vontade impressa do mago ou adepto que sobre a joia grava a intenção ou vontade maior consumida em objetos próprios regulamentada pelo direito universal. A autoridade e autorização é uma relação dual como de pais e filhos,chefes e subordinados.Os pantáculos seriam aramas brancas vinculadas à proteção ( pessoal e impessoal), saúde,prosperidade financeira,sorte, tempo e espaço,relações sociais.
 Os pantáculos pertencem à classe da Alta Magia ou Taurgia e relacionam-se ao elemento terra. Eles simbolizam tudo o que o mago acredita,isto é, seus ideais e passos dados no caminho iniciático,além dos passos que pretende dar. É por tanto um guia para o mago e representação de suas intenções e um juramento consigo mesmo. 


quinta-feira, 30 de outubro de 2014

O Dia do Saci e sua mitologia

O dia do Saci consta de um projeto de lei federal n° 2.762 de 2003( pelo projeto de lei federal de n° 2.479 de 2003),elaborado pelo deputado federal Chico Alencar (PSOL-RJ) e pela vereadora de São José dos Campos Ângela Guadagnin (PT-SP) com o objetivo de resgatar  figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao "Dias das Bruxas" ou Halloween, de tradição da cultura norte americana oriunda dos celtas. Esse projeto propôs que seja celebrado em 31 de Outubro.
O Estado de São Paulo como outros dez municípios paulistas como São José do Rio Preto,Guaratinguetá e Embu das Artes aderiram a data, além de outros municípios de outros Estados brasileiros como Vitória (Espírito Santo);Poços de Caldas e Uberaba (MG); Fortaleza e Independência (Ceará).

O Saci

Também conhecido como saci-pererê,saci-cererê,matimpererê,matita perê, saci-saçurá e saci-trique ( termos oriundos do tupi). Tem sua origem presumida entre os indígenas da Região das Missões, no Sul do país de onde teria se espalhado por todo o território nacional.
A figura do Saci surge como um ser maléfico, somente brincalhão ou como ser gracioso conforme as versões comuns ao sul. Na região norte, a mitologia africana o transformou em um negrinho que perdeu um perna lutando capoeira, imagem que prevalece nos dias de hoje. Herdou também da cultura africana o pito ( uma espécie de cachimbo), e da mitologia europeia herdou o píleo (um gorrinho vermelho usado pelo lendário trasgo. Trasgo é um ser encantado do folclore do norte de Portugal, especialmente da região de Trás-os-Montes. Rebeldes e pequeninos os trasgos usam gorros vermelhos e possuem poderes sobrenaturais.
 Ele é um jovem negro de uma perna só,portador de uma carapuça sobre a cabeça que lhe concede poderes mágicos. Na mitologia romana,registrava Petrônio,no Satiricon,que o píleo conferia poderes ao íncubo e recompensas a quem o capturasse.
Considerado uma figura brincalhona que se diverte com animais e pessoas,fazendo pequenas travessuras que criam dificuldades domésticas ou assustando viajantes noturnos com seus assovios-bastantes agudos e impossíveis de serem localizados.Assim faz tranças nos cabelos dos cavalos depois de deixá-los cansados com correias; atrapalha o trabalho das cozinheiras,fazendo-as queimar a comida,ou ainda,colocando sal nos recipientes de açúcar ou vice-versa; ou aos viajantes se perderem nas estradas.

Papel do Mito

A função desta "divindade" era o controle,sabedoria e manuseio de tudo que estava relacionado às plantas medicinais,como guardião das sabedorias e técnicas de preparo e uso do chá,beberagens e outros medicamentos feitos a partir das plantas.
Como suas qualidades eram farmacêuticas,também era atribuído a ele o domínio das matas onde guardava estas ervas sagradas e costumava confundir as pessoas que não pediam autorização para a coleta destas ervas.
Por seu aspecto medicinal podemos relacioná-lo ao Orixá Ossain ou Oxóssi ( ambos ligados à mata);embora seja mais popular seu aspecto travesso e brincalhão ( um dos atributos de Exu como o aspecto guardião)      

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Simbolos e signos

  Os símbolos são o coração da identidade cultural,passando informações sobre todos os aspectos da vida. São retirados de todas as fontes -animadas e inanimadas- para inspiração e aparecem em todas as formas concebíveis,tais como figuras,metáforas,sons e gestos,como personificações em mitos e lendas ou representados através de rituais e costumes.
Desde o início dos tempos, o conceito do simbolismo apareceu em todas as culturas humanas,estruturas sociais e sistemas religiosos, contribuindo para a visão de mundo e proporcionando informações sobre o cosmos e nosso lugar nele. A grande força dos símbolos tem sido reconhecida há muito tempo. O antigo sábio chinês Confúcio afirmou que:"Os signos e símbolos governam o mundo,não as palavras e as leis".
 A palavra "símbolo" é derivada  do grego antigo symballaein, que significa agregar. Seu uso figurado originou-se no costume de quebras de bloco de argila para marcar um contrato ou um acordo: cada parte do acordo ficaria com um dos pedaços e, assim, quando juntassem os pedaços novamente,eles poderiam  se encaixar como um quebra-cabeças.
Os pedaços, cada um identificando uma das pessoas envolvidas, eram conhecidos como symbola.
Portanto, um símbolo não representa somente algo,mas sugere "algo" que está faltando,uma parte invisível que é necessária para alcançar a conclusão ou a totalidade. Consciente ou inconsciente, o símbolo carrega o sentido de unir as coisas para criar algo maior do que a soma das partes, como nuanças de significado que resultam em uma ideia complexa.
  Por outro lado, um signo pode ser entendido como algo que representa ou indica alguma coisa de modo mais literal. Um signo existe para transmitir informações sobre um objeto ou ideia específica,enquanto um símbolo geralmente ativa uma série de percepções, crenças e respostas emocionais. Por exemplo, como signo a palavra "árvore" significa um tipo particular de planta que se desenvolve uma estrutura  de madeira permanente com troncos e galhos, raízes e folhas. Como símbolo, a árvore pode ter muitos significados,pode representar fertilidade e generosidade da natureza,resistência e longevidade ou o entrelaçamento das relações familiares. Como símbolo cristão,pode se referir à cruz e,em  muitas tradições, representa a "árvore da Vida" que conecta o mundo cotidiano como mundo espiritual.
  Nem signos nem símbolos possuem significados intrínsecos. A mesma árvore pode ser descrita com muitas palavras diferentes em diversos idiomas,porém,os seus significados,como símbolos,são formados através da interação humana com ela.Tanto os signos quanto os símbolos tornam-se parte da identidade social e cultural do ser humano,modificando-se e evoluindo do mesmo modo que nós. São veículos para informação e significado,operando em muitos níveis diferentes - o universal e o particular, o intelectual e o emocional, o espacial e o temporal,o espiritual e o material.Servem para dar sentido à experiência. Se não pudéssemos classificar o mundo utilizando os códigos e as estruturas simbólicas,seríamos dominados por dados sensoriais. Precisamos de uma maneira para descrever o que acontece conosco a fim de entender o processo.
  Enquanto os signos e símbolos podem funcionar como mapas e indicadores no dia a dia, ou como consenso  e realidade, os símbolos  do mundo dos sonhos ou do mundo espiritual podem nos auxiliar a percorrer as áreas pisco-espirituais de realidade sem consenso. Entende-se que as figuras sobrenaturais e dos sonhos nos guiam ou compensam  alguma parte da nossa totalidade que ainda não está ativa. O significado de tais símbolos e signos depende fundamentalmente de nossa liberdade em ser suscetível a eles.
  A habilidade de dar significado aos signos e símbolos conduziu à possibilidade de comunicação e reflexão e possibilitou que os seres humanos repassassem suas histórias,mitologia e pontos de vista através de contos, da arte e da palavra escrita. Os signos e símbolos têm um papel importantíssimo na promoção do nosso entendimento científico e têm ajudado a desenvolver,cada vez mais, tecnologias complexas,avançando da invenção de ferramentas primitivas para computadores e naves espaciais. As tradições religiosas e espirituais utilizaram o simbolismo para auxiliar na jornada do entendimento e experiência do divino em direção à "vida correta". Na psicologia,asa abordagens desenvolvidas utilizam o simbolismo para trabalhar em direção ao alinhamento da mente,do corpo para a alma.  

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Jesus O Cristo: O Avatar da Era de Peixes

   Jesus de Nazaré ou Messi ah em hebraico recebeu o título Cristo que em grego significa O Ungido e em latim O Sacrificado.
  ichthus ou peixe em grego.
O antigo símbolo cristão é o peixe palavra formada por um acróstico, isto é; as letras iniciais das palavras gregas para Jesus Cristo O Filho de Deus e Salvador ( Iesus Cristus Theos Yios Sóter)  formando
Cristo se referia a seus apóstolos como "pescadores de homens", enquanto os primeiros sacerdotes cristãos foram chamados de pisculi (peixe) fiel. Interessante que o próprio Cristo se referia como um bom pastor e seus seguidores como "ovelhas" ou "rebanho" ( ovelha relaciona ao carneiro) com isso o fim da era de Áries.
Fica claro no Evangelho de João quando o Messias é mencionado como "O Cordeiro de Deus" que será "imolado" (sacrificado) para que o Homem Áries seja ressuscitado ( transformado)  em Homem Peixes. O batismos do sangue ( elemento líquido do corpo)  do "Cordeiro de Deus" que tirará os pecados da humanidade de Áries.
 O Batismo de Jesus por João Batista nas águas do rio Jordão,também têm o simbolismo de Peixes já que a Água é o elemento desse signo.Parece que o próprio Jesus anuncia de certo modo a próxima era, a era de Aquário. Através da vinda do Santo Espírito ( relacionado ao Ar e elemento de Aquário) que esclarecerá tudo aquilo que ele não pudera revelar, ou seja uma nova percepção da realidade e da própria espiritualidade. Livre de dogmas e preconceitos religiosos onde o pluralismo se une para formar todo.





A Era de Peixes :Eros e Tânatos, Apolo e Dionísio.

 Peixes é o ultimo signo do zodíaco, seu glifo é representado por dois peixes nadando em direções opostas, mostrando um aspecto contraditório de uma Era que está em seu término.
Quando Freud utilizou-se sobre o mito de Eros e Tânatos para duas forças instintivas atuantes nos seres humanos.
 Eros (deus grego da sexualidade) a força que dirige à vida, ao amor e à criatividade.Pode-se dizer que Cristo Jesus( o avatar da era de Peixes) representou esse Eros através de sua doutrina de perdão ao próximo e ajuda humanitária.
 Tânatos representa a morte, a agressão e a destruição. A Igreja Romana se transformou na força Tânatos quando distorceu os evangelhos e toda as escrituras da bíblia judaica.Reprimindo as antigas manifestações pagãs, transformando o deus pagão no demônio cristão. Quando criou o comércio de indulgências , a Santa Inquisição e as Cruzadas, matando milhares de muçulmanos e judeus. Além de converter os povos indígenas à força através da catequese jesuítica nas Américas e de financiar o tráfico negreiro com a alegação que os negros não tinham almas.

 As religiões ditas monoteístas foram as que desequilibraram essas duas forças tão importantes para a manutenção da existência. Elas foram o próprio Tânatos da humanidade, subtraindo os aspectos criativos do ser humano e colocando-os no patamar de pecados, origens de neuroses.

Nietzsche fala sobre duas forças atuantes e ao mesmo tempo opostas: apolínea e dionisíaca como condição primordial do ser humano.
            Apolo,deus grego das artes, como a razão, a luz ( considerado o deus do sol) e o próprio intelecto.Representa a vida.
      Dionísio, deus do vinho, como a emoção, as trevas e o próprio instinto.Representa também a morte.
   O conflito entre eles gera a criatividade e seu equilíbrio se dá pelo "fio de Ariadne". Na mitologia grega, Ariadne conduziu Teseu que matou o monstro Minotauro para fora do labirinto. Segundo os estudiosos o labirinto do Minotauro é a própria mente humana e o fio seria o equilíbrio entre o lado racional e emocional do Homem. Para os místicos esse fio está na "sede da alma" ou seja o coração.


   




quinta-feira, 2 de outubro de 2014

O Culto a Mitra (Continuação dos Avatares de Áries)

 O deus persa do sol, Mitra alcançou a posição de ser cultuado com o exército romano, que divulgou a sua adoração por toda a sociedade e império romano.Como criador e controlador do cosmos, Mitra era retratado matando um touro, simbolizando a vitória do homem sobre sua natureza animal, da mesma forma que acontecia com o poder político de Roma sobre seus inimigos.
 Mitra era adorado em  templos subterrâneos onde acontecia o tauobolium (sacrifício ritual de um touro) e os iniciantes do culto eram batizados com seu sangue. Às vezes Mitra era retratado envolvido pelo círculo do zodíaco,possivelmente aludido ao fim da era de Touro e o início da era de Áries pertinente à época.  

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Avatares da Era de Àries

 Zoroastro ou Zaratrusta nasceu na Pérsia (atual Irã) no ano de 10000 A.C. Sua origem refere-se ao povo ariano (relacionado ao signo de Áries)
Seu culto baseia-se no fogo original ( Áries é um signo de fogo), no dualismo eterno do Bem representado por Ormuzd e o Mal por Ahriman.Desse confronto nasce o nosso universo e tudo que o permeia, inclusive nós.
 O curioso entre as questões abordadas por Zoroastro,está o Touro original do qual descende espécie humana e vegetais e animais. Dizem os astrólogos ocultistas que a primeira Era fora a de Touro no qual surgiu a raça adâmica de onde se originou toda a humanidade. Foi o período da Deusa Mãe, o sagrado feminino de uma religião ligada à terra ( elemento de Touro)
 Apis era o touro sagrado dos antigos egípcios criado junto com as vacas sagradas. A vaca como animal sagrado é ainda venerada na Índia. Para alguns o Antigo Egito estivera sob as influências taurinas, como o acúmulo de riquezas enquanto a parte espiritual ligada ao signo Escorpião ( o submundo, a vida além túmulo) seu oposto zodiacal.
  Outra civilização que floresceu durante essa época taurina foi, possivelmente, A civilização miniótica e seu famoso ser mitológico: Minotauro ( cabeça de búfalo e corpo humano) que simboliza a natureza dual do ser humano meio racional e emocional. Muita pouca coisa se sabe dessa rica civilização.Artefatos com mulheres de seios nus foram encontrados, dando a entender que se tratavam de sacerdotisas sexuais ou prostitutas sagradas. Talvez resquício do matriarcado primitivo onde a sexualidade era considerada sagrada. Também uma marca de Touro, que na questão sexual é muito otimizado tanto no seu aspecto mais selvagem ( a Vênus de Willendorf) e seu aspecto mais sofisticado ( Vênus de Milo).
 Quando Moisés ( outro grande avatar da Era de Áries) viu o liberto povo hebreu em adoração ao bezerro de ouro, prontamente, destruiu a estátua, assim que tinha descido o monte Sinai com as tábuas dos dez mandamentos. Isto pode ser entendido como o fim da Era Taurina (Escravidão do Egito e a libertação do povo hebreu) para a então Era de Áries ( representado pela destruição do bezerro de ouro) e os dez mandamentos, correspondem  a Lei e a Justiça Divina ( e ao signo de Libra-oposto de Áries).
 Zaratrusta pode ser considerado um avatar da transição entre as duas Eras enquanto que Moisés e sua lei a própria Era Ariana. Foram os arianos que desenvolveram os vedas, antigos textos sagrados hindus. Foram os fundadores do sistema de castas, dividindo a sociedade indiana em classes.
Alguns historiadores teorizam que esse povo surgiu onde Zoroastro nasceu e migraram para o continente indiano há séculos. 


quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Simbolos

   A alquimia da mente é muito estranha. É misterioso como a percepção que nós temos de alguma coisa que sentimos ou vemos é convertido numa ideia ou num conceito. Na maioria das vezes existe uma fraca ligação entre a experiência sensorial  e a ideia que associamos a ela.
 Existem muitas noções universais que temos internalizadas que parecem ter um significado definido para cada um de nós, e que não conseguimos identificar com qualquer efeito de sentido ou qualquer forma visual ou auditiva. As noções universais das palavras "por onde", "onde","justiça" e "lealdade", por exemplo, aparentemente não correspondem a coisa alguma fora de nossas mentes e, no entanto, as circunstância e as combinações de acontecimentos geram essas ideias abstratas dentro de nós. Como essas noções abstratas não têm existência em absolutamente nada que podemos destacar na natureza, em outras palavras,já que não podemos dizer que tal coisa é "onde", inventamos emblemas para representá-las. Esses emblemas são os símbolos.
  Um símbolo,então,é um signo ou um emblema de uma emoção,pensamento ou experiência que temos. Símbolos são compostos principalmente de linhas retas e curvas. Podem constituir em uma forma geométrica, como um triângulo ou cubo ou pode ser pictográfica,isto é, uma imagem de alguma coisa. Um símbolo pictográfico é o olho que tudo vê - o Olho de Hórus. Na verdade, mesmo na sua forma mais imperfeita esse símbolo parece uma tentativa de ilustrar o olho humano e, no entanto, transmite uma ideia muito mais complexa tanto para a mente primitiva quanto para mente mística altamente iluminada.
  Quase todos  os símbolos são criados pela mente, isto é, por si só eles não sugerem seu conteúdo, mas são elaborados para representar uma ideia que o seu criador formou em sua mente. A pessoa inteligente percebe que tem domínio permanente de seus símbolos e que eles não exercem qualquer influência sobre ela. Todavia a maioria das mentes primitivas atribui a seus símbolos e signos um poder real que permitem que seja usado contra elas mesmas.Se olhar um arco-íris o membro de uma tribo em algum ponto isolado do mundo achar uma pedra ou um seixo multicolorido a seus pés, ele está pronto para transformá-lo num amuleto pessoal, acreditando que existe uma ligação causal entre o seixo e o fenômeno que percebeu. Essa pedra pode não tornar um símbolo do arco íris, mas pode-se achar que ela tem poderes do arco-íris então uma influência sobrenatural. Essa eficácia inerente que se imagina terem os símbolos permanece em nosso dias. 


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Caduceu

  Originalmente o caduceu era uma vara de condão do feiticeiro e, mas tarde, o bordão do arauto. O símbolo é comumente apresentado como uma vara de três ramos, um dos quais é o cabo estando os outros dois entrelaçados na parte superior. A princípio era feito de oliveira.
 Mercúrio, o deus romano do comércio e do progresso, levava consigo um bordão assim,em sua condição de mensageiro. Todavia este caduceu foi herdado de Hermes, o deus grego. Às vezes, Hermes era identificado com Aesculapius, deus da saúde e da fertilidade. O caduceu de Hermes tinha duas serpentes entrelaçadas em torno de uma vara de madeira; na parte superior da vara havia asas.
  A serpente é um antigo símbolo de uma energia geradora e da imortalidade. Acredita-se que esta interpretação nasce do fato de que a serpente abandona seu coro, anualmente, parecendo renovar sua juventude. Em línguas antigas do oriente, a palavra que designa serpente também significa vida.
 Sua existência se encontra entre os antigos babilônios. Certos selos babilônios tinham a forma de uma coluna, entalhada de modo a representar duas serpentes entrelaçadas ao seu redor. Na Grécia antiga, o deus Hermes era o princípio representado por um esteio quadrado com cabeça humana.
O poste fálico era colocado à cabeceira das sepulturas, para simbolizar a renovação da vida. Era ele também considerado um meio de comunicação com os mortos . Esse poste era denominado herm. Mais tarde, a forma simples do poste foi abandonada.
  Conta-se na mitologia que o bordão alado de Hermes  (o caduceu)  era por ele empregado para controlar os vivos e os mortos, a fim de que ele pudesse ir aonde quisesse sem ser molestado.Costuma-se dizer que Hermes levava consigo o bordão, especialmente quando escoltava as almas dos mortos para o mundo inferior.
Hermes era proclamado deus da eloquência, e seus ensinamentos foram introduzidos em Roma. Ele era ainda tido como mensageiro. Todavia, mais tarde, está função foi atribuída especialmente a Mercúrio.
  Em tempos recentes, o caduceu tem sido usado como símbolo do comércio, de que Mercúrio era a divindade reinante, durante o período romano.
   É importante ressaltar que o caduceu de Hermes é confundido com  o bastão de Esculápio. Ambos tem significações diferentes. Enquanto o primeiro está associado a Hermes,o segundo está ligado a Esculápio, deus grego da cura. O Bastão de Esculápio configura-se de uma única vara, ou cajado, circundado por uma única serpente e seu simbolismo é o da firmeza da consciência, retidão de caráter, equilíbrio físico e psíquico (simbolizados pelo bastão), bem como o da regeneração física, psíquica e espiritual ( simbolizada pela serpente)
   Voltando ao caduceu, recuando ainda mais no tempo o encontramos na taça do rei de Gudea de Lagash, 2600 anos antes de Cristo, e inscrito sobre tábuas de pedra hindu anteriores à era cristã. Ele também pode ser associado à energia Kundalini do yoga, cuja três correntes de força que tem na coluna vertebral, o seu eixo são chamadas de Ida, Pingala e Sushuma. Enfim seu significado pode estar tanto na esfera exotérica como esotérica.



segunda-feira, 18 de agosto de 2014

A Cinta de Órion

  A imagem da "alma- ave" de Osíris, a Fênix elevando-se das cinzas da materialidade, ainda fascina a visão interior e a imaginação de iniciados do mundo inteiro. Mas é a "alma" de Osíris, relativamente, ao cume perdido da Grande Pirâmide que agora traz este artigo a uma breve menção da constelação de Órion e em particular as três estrelas da Cinta de Órion, segundo o autor Richard Hinckley Allen em seu livro: Star Names- Their Lore and Meaning  "A mitologia egípcia fez repousar nessa constelação (Órion) a alma de Osíris, assim como fez repousar na estrela Sírius a alma de Ísis.
   Em 1994 os autores Bauvál e Gilbert sugeriram que as três estrelas da Cinta de Órion podem estar refletidas abaixo na disposição específica das três pirâmides de Gizé.  Em seu outro livro: The Orion Mystery, Richard Hinckley salienta novamente, sempre em consonância com os ensinamentos orais da Tradição Ocidental, que o alinhamento dos outros "poços de ar" na Grande Pirâmide foram ajustados para o movimento de pressão da Terra, aponta tanto para a estrela grande do Cinturião de Órion como a estrela Grande Cão Sírius bem como Alfa Draconis.
   Concluindo a Grande Pirâmide em sua forma arquétipa, sempre foi "a Casa do Altíssimo Deus" nas tradições orais do Ocidente. Osíris simbolizado como Pedra Ben Ben, Unnefer ou Aton, o Deus Único em sua manifestação cósmica é a fonte máxima: "assim como é acima, é abaixo" e fica justificado como Essência Criadora Primordial. Na Terra, O Divino Filho de Osíris, Hórus, no Horizonte Oriental vive através do Faraó encarnado, mas  quando o Faraó morre, sua pedra para se unir à eterna alma de Osíris, que mais uma vez,diz a tradição, mora na grande estrela da Cinta Celeste de Órion.
  A forma piramidal sobre a qual está sentada a Benu ou alma-ave de Osíris sugere outras coisas caras ao coração do filósofo hermético. À semelhança do Nous rosacruz, Osíris abrange o finito e o infinito, inclusive os atributos dos quatros ( Arcano n° 4 - O Imperador) princípios alquímicos: água, terra, fogo e ar. Osíris aparece  em forma antropomórfica como o um deus do Nilo, deus da Lua ou do Sol, rei -deus e é também representado pelo Olho do Grande Falcão, Hórus. Seu atributo sublime é uma Tríada Hermética de elementos primordiais: fogo,água,ar ou sal,enxofre e mercúrio e também na imagem hieroglifa como Osíris, Ísis e Hórus.
   No simbolismo numérico pitagórico e platônico (podemos dizer arcano) é um 4 ( a lâmina do Imperador) mais ou vezes 3 ( a lâmina da Imperatriz) sétuplo ( o Arcano 7 - O Carro) ou 12 ( O enforcado). Mas,em última análise, em sua "forma" oculta como Quintessência Hermética ( O arcano 5- Hierofante), Osíris representa a fabulosa Fênix (Benu) ligando o Céu e a Terra, ciência e metafísica.



 


quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Osíris Nas Estrelas

 A universalidade dos Mistérios Osirianos ganha uma nova dimensão quando o assunto é o culto as estrelas segundo o Sir Norman Lockyer. De acordo com esse pesquisador, por volta de 6400 a.C, Osíris e Thoth vieram do Sul onde Osíris era adorado com um deus lunar e se encontravam numa população que adorava o sol do alvorecer Re /Atmu (crepúsculo) e introduziram o calendário lunar de Thoth juntamente com a necessidade de reconhecer o lugar do sol no equinócio de outono, época em que seu ano lunar provavelmente começava.
 Como mais uma colaboração da importância de Osíris como o todo poderoso deus da Lua, Lockyer cita o professor Sayce que escreveu: "Segundo a religião oficial da Caldéria, o deus do Sol era um rebento do deus da Lua...Essa crença só podia ter nascido onde o deus da Lua era objeto supremo de culto...", divergindo assim do culto semítico a um deus Sol como "... o senhor e pai dos deuses".Mas numa nota de rodapé, Lockyer salienta que "mesmo no alemão moderno a palavra Lua é masculina e a palavra para Sol é feminina".
 Segundo Lockyer  o culto estrelar do Sul a Osíris em contraste com o culto de Thoth que permaneceu essencialmente enigmático enquanto continuava a desempenhar um papel importante nos Mistérios Osírianos, gradativamente evoluiu para um culto solar e Osíris tornou-se um deus do Sol comumente aceito, mas um deus que representa o Sol em sua quarta e oculta fase. Não obstante, os quatros netos de Osíris ou Olho de Hórus  são ditos como entidades guardiães das quatro direções cardeais de espaço e tempo.Lockyer conclui que, assim como Ísis está ligada aos movimentos celestes da Estrela Grande Cão Sírius; "parece que a mitologia ligada a Osíris é simplesmente a mitologia ligada a qualquer corpo celeste que se torne invisível". Lockyer sentiu que a mitologia Osíris-Ísis-Hórus tinha base firme em astronomia é que o estudo científico dos astros orientava não somente a marcação do tempo no Antigo Egito mas também sua arquitetura.
 Mas isso não explica totalmente a combinação Ptah-Osíris. Por exemplo não é a imagem de Ptah, deus patrono dos artesãos, que é usada na mais importante cerimônia egípcia  denominada "o esticar a corda", que mede o tempo e o espaço na Terra como no Céu. É Sheshesta, deusa Estrela Faraó que usa a Coroa Atef de Osíris.
 Na teogonia rosacruz, Pitah- Osíris tem uma função ainda oculta, talvez velando o Drama Memtítico em que Ptah se torna "O Arquiteto do Universo, Causa das causas, Mente Universal, o sopro e a essência de todas as coisas... A cabala antiga  com sua doutrina de entonação e a posterior doutrina do Logos, deve ter sido transmitida dessa antiga fonte".
 À parte dessas correspondências entre os atributos cósmicos de Ptah e Osíris, o Osíris Ascensionado é sempre o Benu ou Fênix Egípcia, o eterno, e nesta qualidade estreitamente associado ao "pyramidion" e ao "cume perdido" da Grande Pirâmide, como sugerido pelo historiador egípcio Dr, Rundle -Clark .

 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

Osíris e sua alma


  O nome Osíris é um mito egípcio muito conhecido de um homem-deus associado, cujo o corpo esquartejado é recomposto o que lhe vem proporcionar uma nova vida. Embora Osíris seja um deus dos mortos e da regeneração é também benfeitor da humanidade que traz ao povo o conhecimento da agricultura e da civilização. Mas será que a história do assassinato de Osíris por Set, seu corpo espalhado por todo o Egito e a miraculosa  recomposição por sua irmã-esposa Ísis é tudo que há para entender desse deus?
  A tradição oral que é muito mais fascinante quando consideramos seu nome como um tema arquétipo, isto é, como uma incorporação universal da Alma. A extrapolação e composição dos trechos da tradição oculta relativa a Osíris como o mais Alto Deus do Egito e a sua "alma" como a Fênix na Pedra Ben Ben, pode realmente revelar traços dos Mistérios de Osíris e de sua expansão para o esoterismo ocidental. Fazendo assim, talvez, possível seja revelar aquilo que a tradição oral sempre conheceu: O alinhamento astronômico das pirâmides de Gizé e os propósitos astronômicos por trás das aberturas nas câmeras da Grande Pirâmide.
  Aqueles que aceitam exclusivamente o mito comum de Osíris não precisam questionar. Para eles não há mistério algum,porém na tradição ocidental sempre houve um ensinamento secreto envolvendo seu nome. Os filósofos gregos Pitágoras e Platão conheceram esse segredo e velaram no simbolismo dos número, ao passo que Plutarco continuou a divulgar apenas a mitologia do deus- homem e seu tema de estilo osiriano aos primeiros cristãos egípcios, influenciando assim posteriores dogmas da Igreja Cristã.
 No começo do século 20, os aspectos ocultos de Osíris bem como os religiosos atraíram a atenção acadêmica através dos escritos pisco-filosóficos  de Jung e Esther Harding, todavia as tradições rosacruzes e teosóficas mantiveram o fogo secreto dos Mistérios de Osíris ardendo intensamente  ao longo dos séculos.
 Poderíamos contrastar a aparente necessidade de ocultar uma tradição secreta sob o manto de um mito comumente aceito como Osíris enquanto rei deus vivo. Com os contextos gnósticos, judaicos,cristãos e islâmicos nos quais os mistérios ocultos de Orfeu, Moisés, Buda,Krishna, Cristo Jesus e Maomé foram todos representantes como ou foram de fato homens-deuses vivos cujas doutrinas, literalmente interpretadas, foram extremamente poderosas sobre as nações. As doutrinas  que provieram de seus "adventos originais" foram e ainda são ardentemente defendidas por seus seguidores , no entanto, segundo Helena Blavatsky, cuja opinião era compartilhada por Jung, essas poderosas personalidades e seus subsequentes dogmas têm fortes ligações com o Osíris, especialmente na lenda de Jesus e Krishna.
 Tem interesse ainda a indicação de Blavatsky de que Osíris, em seus quatros aspectos primordiais, é um conceito grandioso e sugestivo porque abrange todo o campo do pensamento físico e metafísico.   A esse respeito escreveu: "Esses aspectos eram Osíris -Ptah (Luz), Osíris - Hórus (mente e intelecto), Osíris Lunus (psíquico, astral) e Osíris  - Typhom ( terreno, físico)".Blavastky afirmou também que Osíris "...como uma divindade solar, tinha 12 deuses menores ( os 12 signos do zodíaco) abaixo dele" não somente sugerindo Chokmah (ou Hochmah/ Sabedoria na Cabala), mas sugerindo sutilmente sua ligação oculta com os 12 caminhos da Árvore da Vida cabalística.